Leia também: Fisioterapia aquática no combate à fibromialgia e Halliwick, Bad Ragaz e Watsu são alguns métodos de fisioterapia aquática. Saiba mais sobre o assunto.
A sessão de fisioterapia aquática é realizada em uma piscina preparada especificamente para esse fim, com medidas de profundidade e temperatura específicas, ambiente externo e um profissional especializado na atividade, um fisioterapeuta.
O plano de tratamento aquático está baseado nas metas determinadas pela avaliação física do paciente, assim, pode-se determinar as melhores técnicas terapêuticas para o alcance dessas metas. A frequência depende da necessidade, geralmente, de 2 a 5 vezes por semana. A duração da sessão varia de 30 a 60 minutos. A temperatura da água deve estar, em média, entre 32° e 33°C. Os exercícios terapêuticos podem ser realizados individualmente ou em grupo, com o auxílio e orientação do fisioterapeuta.
- Como a fisioterapia aquática atua em pacientes com fibromialgia?
O aquecimento e as propriedades físicas da água associados aos exercícios terapêuticos e técnicas de relaxamento promovem no paciente com fibromialgia: melhora da memória e do humor, aumento da força muscular, melhora do equilíbrio, aumento da resistência ao exercício e condicionamento físico, aumento da disposição física e mental, além de proporcionar alívio das dores.
- Quais outros perfis de pacientes estão indicados para a fisioterapia aquática?
A hidroterapia é indicada para pacientes ortopédicos, reumatológicos e neurológicos, em fase aguda ou crônica, que não estejam dentro das condições contra-indicadas.
- Existe alguma contraindicação para esse método?
Há contraindicações relativas e absolutas:
* Febre acima de 38°.
* Doenças infecciosas: infecções gastrointestinais que podem apresentar incontinência intestinal; infecções sanguíneas, como HIV com lesões abertas; infecções urinárias, que podem apresentar incontinência urinária; infecções respiratórias.
* Erupções cutâneas: o atendimento pode ser permitido se for possível utilizar proteção bio-oclusiva e não forem infecciosas.
* Alterações de sinais vitais: hiper ou hipotensão; bradi ou taquicardia; taqui, bradi ou dispneia não controlados.
* Baixa capacidade vital: por causa da pressão hidrostática, a expansão da caixa torácica e a complacência pulmonar se tornam diminuídas. Capacidade na faixa de 1,0 a 1,5 litro precisa ser avaliada, principalmente em pacientes com doenças neuromusculares degenerativas.
* Tímpanos perfurados: a água pode causar lesões nas estruturas da orelha média.
* Incontinência fecal e urinária: pode usar fraldas especiais, no caso de crianças; fazer manobras para esvaziamento gástrico e vesical; no uso da sonda vesical, fixar o coletor de urina na coxa e esvaziar antes da terapia.
* Sintomas agudos de trombose venosa profunda (região posterior da perna) e embolia pulmonar recente: diminuição da temperatura local, dor à palpação, descoloração da pele, veias superficiais proeminentes, edema e ruborização. O calor da água, a pressão hidrostática e o exercício podem predispor a um desprendimento do trombo.
* Traqueostomia: cuidado para não ter contato do orifício com a água, principalmente na entrada e saída do paciente.
* Cardiopatas graves.
* Epilepsia: precisa de supervisão. Se o remédio não controlar ou o paciente não tomá-lo adequadamente, será contraindicado.
* Doenças renais: onde existe uma inabilidade para fazer ajustamento na perda de fluidos.
* Tratamento com radiação.
* Hipersensibilidade ao cloro.